Introdução à Sustentação Oral
A sustentação oral é uma prática fundamental no sistema jurídico brasileiro, principalmente nos tribunais superiores. Trata-se de uma oportunidade concedida aos advogados para apresentarem oralmente suas razões jurídicas e argumentos, buscando persuadir o colegiado de desembargadores ou ministros. Diferente de muitos sistemas jurídicos ao redor do mundo que se concentram unicamente na análise de autos escritos, o ordenamento jurídico brasileiro valoriza a argumentação oral como um complemento chave para a análise processual e decisora.
A Importância da Sustentação Oral
Interação Direta com o Juiz
Uma das principais vantagens da sustentação oral é a possibilidade de o advogado interagir diretamente com o julgador, estabelecendo um diálogo que pode esclarecer pontos complexos do processo que não ficam evidentes na documentação escrita. Durante esse momento, há a oportunidade de responder a questionamentos e possibilitar uma comunicação clara sobre os aspectos essenciais do caso.
Humanização e Persuasão
A sustentação oral permite que o advogado humanize seu cliente perante o tribunal, transformando fatos que poderiam parecer frios nas peças processuais em narrativas mais próximas e humanas. A persuasão é um elemento crítico em qualquer litígio, e a linguagem corporal, entonação e presença podem ser ferramentas poderosas quando utilizadas adequadamente durante a sustentação.
Aspectos Técnicos e Regras
Tempo de Sustentação
Cada tribunal dispõe de regimentos internos que delimitam o tempo disponível para a sustentação oral, que costuma variar de 15 a 30 minutos. Entender e respeitar essa limitação temporal é crucial para uma apresentação eficaz. A preparação deve focar nos pontos mais pertinentes e na antecipação de possíveis perguntas dos magistrados.
Procedimento de Registro e Pedido
Para realizar uma sustentação oral, o advogado precisa registrá-la oportunamente. Muitas vezes, isso envolve o cumprimento de prazos específicos e, dependendo do tribunal, registros em portais eletrônicos. A falha em seguir esses procedimentos pode resultar na perda da oportunidade de sustentação.
Estratégias para uma Sustentação Eficiente
Preparação Adequada
Uma sustentação eficaz começa com a preparação rigorosa. Compreender todos os detalhes do processo, regras de direito aplicáveis, e precedentes jurisprudenciais são elementos essenciais. Advogados bem preparados costumam estruturar sua argumentação em torno de um roteiro claro, que facilite a compreensão por parte do tribunal.
Domínio do Assunto
O domínio do assunto é visivelmente aparente quando o advogado consegue argumentar confortavelmente tanto os aspectos que favorecem seu cliente quanto os que podem apresentar riscos. Um advogado que demonstra confiança em sua tese, sem ser arrogante, tende a conquistar a confiança e valorizar o ponto de vista apresentado.
Utilização de Recursos Audiovisuais
Apesar da ênfase na oralidade, recursos audiovisuais podem ser valiosos para reforçar argumentos durante a sustentação. Gráficos, planilhas e apresentações multimídia são ferramentas que podem facilitar a compreensão de dados complexos e devem ser considerados quando apropriado.
Desafios e Considerações Finais
A sustentação oral apresenta desafios próprios que devem ser superados para garantir uma defesa contundente. Dentre as dificuldades, destaca-se a necessidade de agir sob pressão, lidar com perguntas inesperadas e gerenciar bem o tempo disponível. Portanto, desenvolver habilidades como a oratória, controle emocional e a habilidade de improvisação são fundamentais para qualquer advogado que almeja se destacar neste contexto.
A sustentação oral é, sem dúvida, um dos momentos mais desafiadores e gratificantes da advocacia. Ela oferece uma oportunidade única de se conectar com o tribunal, defendendo os interesses do cliente de maneira direta e impactante. Para aproveitar plenamente essa possibilidade, a dedicação à prática e o aperfeiçoamento são indispensáveis.
Insights e Perguntas Frequentes
A integração da sustentação oral no sistema jurídico brasileiro reforça a necessidade do advogado de estar sempre atualizado e preparado para representar seus clientes de maneira competente e persuasiva.
1. Qual é a preparação ideal para uma sustentação oral? A preparação ideal envolve o estudo aprofundado do processo, identificação de pontos fortes e fracos, antecedência na organização de documentos e ensaios prévios para otimizar a oratória.
2. Como posso melhorar minha performance durante a sustentação? Praticar regularmente a oratória, participar de cursos de aprimoramento e observar sustentações de advogados experientes são maneiras eficazes de melhorar sua performance.
3. Quais erros devo evitar em uma sustentação oral? Evite a leitura prolongada de peças processuais, a falta de objetividade, a perda do foco principal do argumento, e o descumprimento do tempo estipulado.
4. É comum usar recursos audiovisuais durante a sustentação? Sim, quando adequadamente utilizados, recursos audiovisuais podem clarificar pontos complexos e aumentar o impacto da apresentação.
5. Como os tribunais lidam com a tecnologia nas sustentações? A utilização da tecnologia é aceita, mas geralmente precisa seguir determinadas diretrizes dos tribunais. É importante verificar as regras específicas e garantir que os recursos tecnológicos sejam funcionais no dia do julgamento.
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Acesse a lei relacionada em Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015)
Este artigo foi escrito utilizando inteligência artificial a partir de uma fonte e teve a curadoria de Marcelo Tadeu Cometti, CEO da Legale Educacional S.A. Marcelo é advogado com ampla experiência em direito societário, especializado em operações de fusões e aquisições, planejamento sucessório e patrimonial, mediação de conflitos societários e recuperação de empresas. É cofundador da EBRADI – Escola Brasileira de Direito (2016) e foi Diretor Executivo da Ânima Educação (2016-2021), onde idealizou e liderou a área de conteúdo digital para cursos livres e de pós-graduação em Direito.
Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, 2001), também é especialista em Direito Empresarial (2004) e mestre em Direito das Relações Sociais (2007) pela mesma instituição. Atualmente, é doutorando em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo (USP).Exerceu a função de vogal julgador da IV Turma da Junta Comercial do Estado de São Paulo (2011-2013), representando o Governo do Estado. É sócio fundador do escritório Cometti, Figueiredo, Cepera, Prazak Advogados Associados, e iniciou sua trajetória como associado no renomado escritório Machado Meyer Sendacz e Opice Advogados (1999-2003).