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A Importância do Princípio da Legalidade na Ordem Jurídica

A Importância do Princípio da Legalidade no Direito Brasileiro

O princípio da legalidade é um dos pilares fundamentais do Estado democrático de direito e, portanto, desempenha um papel crucial no funcionamento das instituições públicas e na relação entre o Estado e os cidadãos. Esse princípio está consagrado no artigo 5º, inciso II, da Constituição Federal de 1988, que estabelece que “ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Neste contexto, a observância da legalidade é primordial para garantir a justiça, a equidade e a proteção dos direitos individuais.

Princípios Constitucionais e seu Impacto na Administração Pública

Na administração pública, o respeito à Constituição e às leis é ainda mais significativo. Os agentes públicos, incluindo servidores e autoridades, estão vinculados a normativas que delimitam suas ações. A legalidade impõe limitações ao poder estatal, assegurando que as decisões e atos administrativos sejam praticados dentro dos limites estabelecidos pela norma. Isso é fundamental para evitar arbitrariedades e abusos no exercício da função pública.

Direitos Fundamentais e Garantias do Cidadão

O respeito às disposições constitucionais também está intrinsecamente vinculado à proteção dos direitos fundamentais. Esses direitos são assegurados pela Carta Magna e devem ser respeitados por todos os órgãos do Estado. A violação de um direito fundamental por uma entidade estatal pode dar ensejo a ações judiciais e a responsabilização dos agentes públicos que agiram em desconformidade com a lei.

Controle Judicial da Administração Pública

O sistema jurídico brasileiro contempla mecanismos de controle judicial que visam garantir a legalidade dos atos administrativos. O Poder Judiciário, ao exercer sua função de controle, assegura que a administração pública atue dentro dos limites da legalidade. O mandado de segurança, por exemplo, é um instrumento que permite ao cidadão questionar atos que violem seus direitos, reforçando a importância da legalidade como elemento de proteção das garantias individuais.

Responsabilidade dos Agentes Públicos

Os agentes públicos que descumprem normas legais podem ser responsabilizados civil, penal e administrativamente. A Lei de Improbidade Administrativa, por exemplo, impõe sanções a aqueles que atuam em desacordo com os princípios da legalidade e da moralidade. Isso evidencia que a legalidade não é apenas um princípio teórico, mas um compromisso prático que deve ser respeitado por todos que exercem funções públicas.

O Papel da Sociedade Civil na Vigilância da Legalidade

Além do controle realizado pelo Judiciário, a sociedade civil também desempenha um papel crucial na promoção da legalidade. Organizações não governamentais, associações de classe e movimentos sociais atuam como vigilantes, denunciando abusos e promovendo a transparência nas ações do Estado. Essa participação social é essencial para garantir que a legalidade seja respeitada e que os cidadãos tenham acesso à justiça.

Conclusão

O princípio da legalidade é um componente essencial do Estado de Direito, fundamentando a relação entre o Estado e os indivíduos. Profissionais do Direito e advogados devem ter consciência da importância deste princípio, não apenas no contexto da atuação judicial, mas também no âmbito da administração pública e na proteção dos direitos fundamentais. O respeito à Constituição e às leis não é apenas uma exigência legal, mas um dever moral que fortalece a democracia e garante o funcionamento adequado das instituições. Portanto, é fundamental que todos os operadores do Direito atuem de maneira a defender e promover a legalidade em todas as suas dimensões.

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Este artigo teve a curadoria de Marcelo Tadeu Cometti, CEO da Legale Educacional S.A. Marcelo é advogado com ampla experiência em direito societário, especializado em operações de fusões e aquisições, planejamento sucessório e patrimonial, mediação de conflitos societários e recuperação de empresas. É cofundador da EBRADI – Escola Brasileira de Direito (2016) e foi Diretor Executivo da Ânima Educação (2016-2021), onde idealizou e liderou a área de conteúdo digital para cursos livres e de pós-graduação em Direito.

Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, 2001), também é especialista em Direito Empresarial (2004) e mestre em Direito das Relações Sociais (2007) pela mesma instituição. Atualmente, é doutorando em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo (USP).Exerceu a função de vogal julgador da IV Turma da Junta Comercial do Estado de São Paulo (2011-2013), representando o Governo do Estado. É sócio fundador do escritório Cometti, Figueiredo, Cepera, Prazak Advogados Associados, e iniciou sua trajetória como associado no renomado escritório Machado Meyer Sendacz e Opice Advogados (1999-2003).

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