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2a Fase OAB – Espelho de Correção – Como a Banca Pontua sua Peça na 2ª Fase – Exame de Ordem – Ferramenta Grátis

Blog OAB
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Você já ouviu um colega, ou talvez você mesmo tenha pensado: “Fiz uma peça excelente, com uma tese ótima, mas minha nota foi muito baixa. A correção foi injusta!”? Essa é uma das frustrações mais comuns na 2ª Fase da OAB. Mas e se o problema não for a correção, e sim a estratégia de escrita? Muitos candidatos escrevem ótimos textos jurídicos, mas falham em escrever uma boa resposta de prova. Eles se concentram em uma prosa elegante e em desenvolver uma única tese brilhante, esquecendo que a correção da FGV não é subjetiva. É um processo quase mecânico de “caça aos pontos”, guiado por um documento interno: o espelho de correção. Entender como esse espelho funciona e aprender a “escrever para ele” é o segredo para transformar uma boa peça em uma peça de nota máxima. Neste artigo, vamos desmistificar esse processo e, ao final, fornecer uma ferramenta exclusiva para você simular a correção da banca em suas próprias peças.

Desvendando o Espelho de Correção da FGV

O “espelho” nada mais é do que um gabarito detalhado que a banca de correção usa. Ele divide os 5,0 pontos da peça em dezenas de micro-pontuações atribuídas a itens específicos. Se o item está na sua prova, você ganha os décimos. Se não está, a pontuação é zero para aquele item, sem meio-termo. A anatomia de um espelho de correção típico geralmente se divide em quatro grandes categorias de itens pontuáveis:
Exemplo Simplificado de um Espelho para um Recurso de Apelação (Penal):
  • Estrutura: Endereçamento ao Juízo a quo (0,10)
  • Fundamentação: Indicação do Art. 593, I, do CPP (0,25)
  • Tese de Preliminar: Arguição de nulidade por cerceamento de defesa (0,65)
  • Tese de Mérito 1: Pedido de absolvição por falta de provas (in dubio pro reo) (0,75)
  • Tese de Mérito 2: Pedido subsidiário de desclassificação do crime (0,60)
  • Pedido Final: Requerer o conhecimento E o provimento do recurso (0,25)
Perceba como cada pequeno detalhe tem uma pontuação atribuída. Deixar de citar o artigo correto ou de formular um dos pedidos é deixar pontos preciosos na mesa.

A Mentalidade do “Caçador de Pontos”: Como Escrever para o Espelho

Um candidato de alta performance não é apenas um bom jurista, ele é um “caçador de pontos”. Ele constrói a peça com o objetivo de facilitar a vida do corretor e garantir que cada item do espelho seja encontrado e pontuado. Aqui estão algumas técnicas para fazer isso:

1. Use Tópicos e Subtópicos Claros

Não esconda suas teses em parágrafos longos. Organize sua fundamentação com títulos explícitos. Em vez de um texto corrido, estruture assim: “II. DO DIREITO / II.a – Da Nulidade por Cerceamento de Defesa / II.b – Da Necessária Absolvição por Ausência de Provas”. Isso “grita” para o corretor que você abordou a tese, garantindo o ponto.

2. Cite Artigos de Lei Expressamente

O corretor não pode “deduzir” que você conhece a lei. É sua obrigação citar o fundamento legal. Sempre transcreva o número do artigo, parágrafo e incisos pertinentes. É um dos pontos mais fáceis de garantir e um dos mais esquecidos na pressa.

3. Estruture os Pedidos em Formato de Lista

Após desenvolver seus argumentos, não faça um pedido genérico. Detalhe cada requerimento em formato de lista (a, b, c…). Isso organiza o raciocínio e assegura que você não esqueceu nenhum pedido subsidiário, além de facilitar a checagem pelo corretor.

Autoavaliação: O Caminho para a Excelência

A etapa final da preparação de um candidato de alto nível é se tornar seu próprio e mais rigoroso crítico. Ao terminar de escrever uma peça simulada, o trabalho não acabou. O ideal é pegar uma folha em branco e tentar montar o “espelho de correção” que você acredita que a banca usaria para aquela peça. Depois, compare com sua própria resposta. Esse exercício de autoavaliação é o que solidifica o aprendizado.

Conclusão: De Escritor a Estrategista

Uma nota alta na 2ª Fase não é mágica, é engenharia. É o resultado de construir sua peça, item por item, pensando em como ela será avaliada. Ao adotar a mentalidade de “escrever para o espelho”, você transforma sua prova em uma entrega estratégica de pontos. Nossa ferramenta abaixo te ajuda a simular a ‘forma’ da correção. Mas para dominar o ‘conteúdo’ que a banca quer ver em cada tese – a argumentação jurídica profunda, a jurisprudência correta e a visão prática – a orientação de um mestre é fundamental. É isso que nossos cursos oferecem.

Ferramenta: Simulador de Espelho de Correção – 2ª Fase OAB

Pense como a banca! Depois de redigir sua peça simulada, use nossa ferramenta para fazer uma autoavaliação guiada. Escolha sua área, selecione a peça que treinou e marque os itens do espelho que você cumpriu. Descubra sua nota estimada na hora e identifique exatamente onde pode melhorar.

Simulador de Espelho de Correção - 2ª Fase OAB

Após treinar a escrita de uma peça, use esta ferramenta para fazer uma autoavaliação guiada e descobrir sua nota estimada.

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