Apuração assistida: Um olhar sobre a fiscalização contábil e tributária
A apuração assistida para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) representa uma mudança significativa no campo da fiscalização tributária. Este conceito busca proporcionar um maior controle e transparência no processo, permitindo que os fiscos estaduais e federais acompanhem de perto o processo de apuração dos tributos. Este artigo explora os elementos fundamentais desse mecanismo e suas implicações no cenário jurídico tributário brasileiro.
O Funcionamento da Apuração assistida
A apuração assistida é uma metodologia que foca em automatizar e tornar mais eficiente o cálculo e a fiscalização de tributos. Isso é realizado por meio da integração de sistemas entre empresas e o fisco, permitindo uma análise mais precisa e em tempo real das movimentações tributárias. Este conceito, embora novo, já promete transformar o modelo tradicional de fiscalização, centrando-se na cooperação e na troca de informações entre contribuintes e autoridades fiscais.
O principal objetivo da apuração assistida é reduzir a margem para erro e fraude ao permitir que ajustes possam ser feitos de maneira contínua e colaborativa. Esta abordagem pode ser vista sob a ótica positiva de um estado de compliance contínuo, onde empresas têm a oportunidade de corrigir possíveis falhas antes que se tornem um problema fiscal maior.
Fim do lançamento por homologação
Um dos pilares tradicionais na estrutura de arrecadação tributária brasileira é o chamado “lançamento por homologação”. Neste modelo, o contribuinte antecipa o pagamento de tributos, e o fisco tem o papel de verificar, posteriormente, se os valores pagos estão corretos. O Instituto de Estudos Fiscais (IEF) aponta que essa prática, embora largamente adotada, apresenta certas deficiências, especialmente em termos de controle e eficiência fiscal.
A possível substituição desse modelo pela apuração assistida promove uma revisão fundamental do papel do estado na fiscalização tributária. O lançamento por homologação tem como ponto fraco o fato de ser reativo, enquanto a apuração assistida se propõe a ser proativa. Esta evolução tende a retirar do fisco a sobrecarga de revisar processos somente após os fatos já estarem consumados.
Impactos jurídicos e tributários
A implementação dessas novas diretrizes suscita diversas questões jurídicas. Um ponto de discussão é como as empresas adaptarão seus sistemas internos para suportar a demanda tecnológica de transparência exigida. Este ajuste tecnológico precisa estar alinhado às normas contábeis e tributárias vigentes, o que pode gerar uma necessidade de reestruturação significativa.
Além disso, a jurisprudência relacionada aos procedimentos administrativos fiscais pode precisar de revisão, uma vez que os mecanismos tradicionais de checagem e contestação de tributos pagos se modifiquem. Este é um campo em que advogados tributaristas devem se aprofundar, esclarecendo questões sobre a retificação de lançamentos e a revisão de créditos tributários.
Aspectos legais e desafios regulatórios
Para implementar de forma eficaz a apuração assistida, há uma necessidade de se atualizar e harmonizar a legislação tributária em diversos níveis governamentais. Essa mudança representa um desafio regulatório em si, uma vez que o Brasil possui um sistema complexo de arrecadação fiscal com múltiplas esferas legislativas determinando normas específicas.
A adaptação à apuração assistida demanda não apenas mudanças de sistemas, mas um novo patamar de educação fiscal, tanto para os agentes do fisco quanto para os contribuintes. O entendimento claro dos novos processos e da maneira como o sistema operará deverá ser comunicado de forma eficaz para garantir a adesão ampla e o sucesso do novo modelo.
Considerações finais na prática jurídica
A introdução da apuração assistida e o potencial fim do lançamento por homologação criam um novo panorama de desafios e oportunidades para profissionais da área fiscal e jurídica. A prática da advocacia tributária precisará se ajustar a essa nova realidade tecnológica, que pode exigir competências adicionais nas áreas de tecnologia e gerenciamento de dados.
Profissionais interessados em aprofundar seus conhecimentos e capacitar-se para enfrentar essas mudanças podem se beneficiar significativamente de cursos especializados. Por exemplo, cursos de Pós-Graduação em Prática Tributária podem proporcionar um entendimento aprofundado das normas regulatórias, de gestão fiscal integrada e das recentes atualizações no campo tributário.
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Insights e Perguntas Frequentes
A apuração assistida e a transição do modelo de lançamento por homologação para uma nova estrutura fiscal oferecem um campo de estudo fértil e contínuo para profissionais do direito. Aqui estão algumas perguntas que profissionais podem ter sobre essa transição:
1. Quais são as principais vantagens da apuração assistida em comparação ao sistema atual?
– A apuração assistida traz maior transparência e precisão na fiscalização, reduz a possibilidade de erros e fraudes, e cria uma relação mais cooperativa entre contribuintes e o fisco.
2. Como as empresas devem se preparar para implementar a apuração assistida?
– As empresas devem investir em tecnologia e treinamento, garantindo que seus sistemas internos possam integrar e interoperar com as plataformas fiscais utilizadas pelo governo.
3. Quais são os desafios jurídicos da transição para a apuração assistida?
– A principal dificuldade reside na adaptação a novos padrões normativos, que podem exigir uma reavaliação dos mecanismos tradicionais de controle e contestação fiscal.
4. A apuração assistida significa o fim do lançamento por homologação em todas as esferas tributárias?
– Embora não seja garantido que o lançamento por homologação deixará de existir em sua totalidade, a tendência é que sua utilização diminua significativamente.
5. Como a legislação fiscal acompanha essa nova estrutura de fiscalização?
– Há uma necessidade contínua de atualização legislativa para acomodar as novas práticas, o que requer um esforço conjunto entre as esferas política e jurídica para garantir eficácia no processo.
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Este artigo foi escrito utilizando inteligência artificial a partir de uma fonte e teve a curadoria de Marcelo Tadeu Cometti, CEO da Legale Educacional S.A. Marcelo é advogado com ampla experiência em direito societário, especializado em operações de fusões e aquisições, planejamento sucessório e patrimonial, mediação de conflitos societários e recuperação de empresas. É cofundador da EBRADI – Escola Brasileira de Direito (2016) e foi Diretor Executivo da Ânima Educação (2016-2021), onde idealizou e liderou a área de conteúdo digital para cursos livres e de pós-graduação em Direito.
Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP, 2001), também é especialista em Direito Empresarial (2004) e mestre em Direito das Relações Sociais (2007) pela mesma instituição. Atualmente, é doutorando em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo (USP).Exerceu a função de vogal julgador da IV Turma da Junta Comercial do Estado de São Paulo (2011-2013), representando o Governo do Estado. É sócio fundador do escritório Cometti, Figueiredo, Cepera, Prazak Advogados Associados, e iniciou sua trajetória como associado no renomado escritório Machado Meyer Sendacz e Opice Advogados (1999-2003).