Mandato de procuração é um instrumento jurídico por meio do qual uma pessoa nomeada como outorgante concede poderes a outra pessoa denominada outorgado para representá-la em determinados atos ou negócios jurídicos. Trata-se de uma relação baseada na confiança e que permite a delegação de poderes para que o representante possa agir em nome daquele que lhe conferiu essa autorização.
O mandato de procuração pode ser classificado como um contrato de natureza unilateral, uma vez que a obrigação surge para o procurador enquanto o outorgante mantém sua posição de mandante. É um ato que pode ser realizado de forma gratuita ou onerosa dependendo da situação e do acordo entre as partes envolvidas. Sua formalização pode ocorrer por meio de instrumento particular ou por escritura pública dependendo do grau de exigência legal para a prática dos atos que serão desempenhados pelo procurador.
A legislação estabelece que o mandato confere ao procurador os poderes necessários para a realização do ato que lhe foi designado. É possível que os poderes concedidos sejam gerais ou específicos de modo que no primeiro caso o outorgado pode praticar uma ampla gama de atos em nome do mandante enquanto no segundo os poderes estão restritos a situações determinadas. No entanto para a realização de certos atos como a alienação de bens imóveis e o casamento civil é exigida a outorga de poderes expressos e detalhados.
O mandato de procuração pode ser revogado a qualquer tempo pelo outorgante salvo em situações específicas em que a irrevogabilidade tenha sido estipulada por força de contrato ou exigência legal. Da mesma forma extingue-se com a morte do outorgante ou do outorgado bem como pelo cumprimento da finalidade para a qual foi concedido. Caso o procurador ultrapasse os limites do mandato ou pratique atos contrários ao interesse do mandante poderá ser responsabilizado por eventuais prejuízos causados.
É importante ressaltar que o uso adequado do instrumento de procuração é fundamental para garantir a segurança jurídica e a validade dos atos praticados pelo procurador. Para evitar problemas futuros recomenda-se que a elaboração da procuração seja realizada de maneira clara e detalhada especificando os poderes concedidos e os seus limites. Além disso nos casos em que seja exigida maior segurança jurídica o apoio de um profissional do direito pode ser essencial para garantir que o documento seja elaborado de acordo com as exigências legais vigentes.
O mandato de procuração tem grande relevância tanto no âmbito particular como empresarial permitindo que o mandante delegue poderes de gestão administração e representação para que seus interesses sejam devidamente resguardados. No contexto empresarial por exemplo é comum que sócios nomeiem procuradores para representar a sociedade em atos específicos conferindo segurança e funcionalidade às atividades empresariais. Assim essa ferramenta jurídica proporciona uma alternativa eficiente para a viabilização de ações que necessitam de representatividade sem a necessidade da presença constante do mandante.