A reforma trabalhista de 2017 trouxe mudanças à estrutura sindical brasileira, substituindo a contribuição sindical obrigatória pelo desconto facultativo. Assim condicionado à autorização prévia dos trabalhadores (Lei 13.467/2017, artigo 579 da CLT). As opiniões sobre a facultatividade divergem. Alguns a veem como conquista da liberdade individual, enquanto outros argumentam que a redução na arrecadação prejudica os sindicatos e dificulta o custeio do sistema sindical brasileiro. Apesar disso, algumas características do sistema anterior persistem, como a competência normativa da Justiça do Trabalho e a representação classista. Neste artigo, exploraremos essas questões e discutiremos os diferentes órgãos que compõem a estrutura sindical brasileira.
Competência Normativa da Justiça do Trabalho
Críticos destacam que a possibilidade de as partes recorrerem ao poder judiciário quando as negociações coletivas não resultam em acordo inibe greves e tratativas, enquanto a atividade política, que representa os interesses da categoria, não veda absolutamente.
Representação Classista na Justiça do Trabalho
Antigamente, a Emenda Constitucional 24/1999 extinguiu uma junta de conciliação e julgamento, que era composta por um juiz togado e dois juízes representantes dos trabalhadores e dos empregadores. A estrutura sindical brasileira passou a se basear em uma confederação não hierarquizada, com centrais sindicais como a CUT, a CGT e a Força Sindical, surgindo em 2008.
Funções dos Sindicatos
Os sindicatos, representando interesses e negociando direitos, têm funções econômicas, assistenciais, e de estabilidade para dirigentes sindicais, limitada a sete dirigentes titulares e sete suplentes.
Federações e Confederações
Federações, compostas por cinco ou mais sindicatos, coordenam atividades e celebram acordos em nível estadual. Confederações, entidades de segundo grau com âmbito nacional, organizam federações e opinam sobre registros de sindicatos e federações.
Considerações Finais
A estrutura sindical brasileira, composta por confederações, federações e sindicatos, busca coordenar atividades sindicais e representar os interesses das categorias profissionais e empresariais. Compreender funções sindicais, a limitação da estabilidade do dirigente sindical, e aspectos da competência normativa da Justiça do Trabalho e da representação classista é crucial no direito do trabalho. As alterações na estrutura sindical brasileira trazem desafios, exigindo análise e discussão para equilibrar interesses, promovendo diálogo e negociação coletiva.